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Abdominoplastia: o que saber?

Foto do escritor: CIPLASTCIPLAST

Atualizado: 21 de nov. de 2018

Carolina Mantovani de Oliveira

Lucas Gabriel Pereira

Michael Hikaru Mikami

Stephany Bendas Beiro


A dermolipectomia abdominal ou abdominoplastia é uma técnica cirúrgica realizada por Cirurgiões Plásticos, que corresponde a remoção de gordura localizada no abdômen, da flacidez periumbilical e de estrias nesta região. Este procedimento operatório é indicado para pacientes com moderada ou acentuada flacidez cutânea, com ou sem eventrações da parede abdominal, tendo como objetivo final, a retomada da harmonia do contorno corporal.

No momento do pré-operatório deve-se realizar, no consultório, o “pinch test” que possibilita a avaliação da quantidade de pele e tecido subcutâneo que podem ser retirados com a cirurgia. Exames de sangue e ultrassom de abdome total devem ser solicitados para analisar a presença de diástase e hérnias abdominais.


“Pinch Test”- Aesthetic Surgery Journal, Volume 25, Issue 5, 1 September 2005, Pages 454–465,

Os principais objetivos deste procedimento é o de reduzir a flacidez local assim como o excesso cutâneo-adiposo, promovendo então um resultado estético e funcional benéfico ao paciente. As cirurgias podem ser divididas em Mini Abdominoplastia e Abdominoplastia Clássica.



A Mini Abdominoplastia está indicada para aqueles pacientes com pouco excesso de tecido cutâneo-adiposo e flacidez concentrada em região infraumbilical, além da correção de diástase abdominal (separação dos feixes do músculo reto abdominal). Esta técnica pode ser associada a lipoaspiração em casos de pacientes que apresentem regiões abdominais com bastante gordura e pouca flacidez. Este procedimento tem como benefícios a possibilidade de redução da flacidez e excesso de tecido de parede abdominal inferior, menor cicatriz quando comparada a técnica clássica, apresentar menores índices de complicação e melhor tempo de recuperação. Entretanto, esse procedimento não está indicado para pacientes obesos. No momento de pós-operatório, o paciente pode apresentar sintomas como desconforto, dor, dormência temporária na região da incisão, leve hiperemia e edema local. Os pontos devem ser retirados no 7º dia após a cirurgia e deve-se utilizar cinta compressiva durante 1 mês para diminuir a dor, possibilitar maior segurança local e redução de edemas.

Já a Abdominoplastia Clássica apresenta indicações para pacientes com deformidades de parede abdominal que se estendem desde a região supraumbilical até a região infraumbilical, conhecido como abdome em avental. Há então excesso de tecido adiposo e frouxidão da parede abdominal tanto em região infraumbilical quanto supraumbilical. Geralmente, esses pacientes passaram por muita perda ponderal, como em pacientes que perderam muitos quilos após a realização de cirurgia bariátrica e, com isso, há excesso e frouxidão da pele. Essa técnica apresenta um melhor resultado estético no pós-operatório, entretanto, as pacientes devem saber que a cicatriz é grande e em formato de âncora. No pós-operatório é preciso maior tempo de repouso quando comparado a mini abdominoplastia, uso de cinta modeladora por no mínimo um mês, uso de meias elásticas compressivas por 30 dias como medida de prevenção de tromboembolismo pulmonar e trombose venosa profunda.


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