Erik Zhu Teng
Gabrielly Lorraine Oleinik de Toledo
A busca pelo rejuvenescimento não é uma prática nova, desde a antiguidade egípcios, gregos e romanos buscavam métodos para atenuar efeitos do tempo sobre o corpo e a face. No entanto, com as melhorias técnicas e os avanços no rigor científico, alcançados sobretudo na primeira metade do século XX, essa busca ganhou novas perspectivas constituindo um dos principais desafios da cirurgia plástica.
Dentre os procedimentos de rejuvenescimento, destaca-se a Ritidoplastia, também conhecida como Ritidectomia, ou simplesmente "Face Lift". Vale lembrar que a Ritidoplastia não tem como objetivo mudar a aparência ou cessar o processo de envelhecimento, mas sim reduzir a flacidez, suavizar os sulcos nas pálpebras inferiores, ao longo do nariz, e canto da boca, além de redefinir o ângulo cérvico-facial, comprometido por depósitos de gordura e flacidez sob o queixo e a mandíbula.

O procedimento pode ser indicado para pessoas a partir dos 45 anos com rugas profundas, dobras e marcas de expressão, pele flácida ou com acúmulo de gordura em regiões de face e pescoço. É preciso salientar que o envelhecimento facial é mais comum em fumantes e indivíduos com exposição solar excessiva ou naqueles que fazem bronzeamento artificial frequente.
O lifting facial é realizado por cirurgião plástico, normalmente, em clínica, após avaliação da face e do estado geral de saúde do paciente. A cirurgia é bastante sofisticada e dura de 4 até 7 horas, dependendo da extensão e das técnicas empregadas. Necessita, geralmente, de anestesia local e sedação por anestesiologista, podendo também ser empregada a anestesia geral.
A incisão dependerá do grau de envelhecimento e da técnica selecionada. No procedimento tradicional inicia-se no couro cabeludo, na região temporal, percorre o contorno da orelha até a linha pilosa na região occipital. Isso permite um acesso suficiente para separar a pele da gordura e dos músculos. São reposicionados os músculos através de plicaturas e excisões na fascia sobrejacente. Em seguida, a pele é tracionada para trás e para cima e o excesso é excisado. Para melhores resultados a gordura poderá ser ainda esculpida ou redistribuída pela face. O objetivo é uma face natural e harmoniosa, e principalmente que não tenha o aspecto de uma face operada.

A recuperação ocorre a partir de diversas etapas: uso de curativos e faixas, repouso, realização de drenagem linfática e cuidados com a pele. É necessário evitar exposição solar por alguns meses, e só se pode retomar as atividades diárias depois de 15 dias.
Os resultados ficam mais evidentes após a diminuição do inchaço e dos hematomas. Tal processo pode levar algumas semanas, dependendo das características individuais. Além disso, fatores externos, como exposição solar também podem alterar os resultados. Entre as possíveis complicações estão dor, inchaço, hematomas, despigmentação da pele, existência de cicatrizes evidentes e raramente lesões nervosas, na maior parte das vezes reversíveis.
Os tratamentos não cirúrgicos, não proporcionam os mesmos resultados, podendo apenas amenizar a necessidade óbvia de uma Ritidoplastia.
Como tratamentos coadjuvantes, úteis ao "Face Lift", podemos mencionar ainda: A Toxina Botulínica, os preenchimentos com Ácido Hialurônico, o Laser e os Peelings químicos e cirúrgicos.
Comments