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MAMOPLASTIA DE AUMENTO

  • Foto do escritor: CIPLAST
    CIPLAST
  • 18 de fev. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de fev. de 2018

Letícia Dutra Frose


A mama é símbolo de feminilidade, maternidade e sexualidade. Está relacionada com a autoestima, imagem corporal e qualidade de vida. O uso dos implantes de gel de silicone para o aumento da mama marcou o início de uma nova era na história da Cirurgia plástica desde 1964, quando Cronin e Gerow desenvolveram as primeiras próteses. É a cirurgia mais realizada nos Estados Unidos e no Brasil. Ela pode ser indicada por motivos estéticos, mas também quando a mulher apresenta mamas de tamanhos diferentes, ou em procedimentos reconstrutivos, como no câncer de mama e na síndrome de Poland.

A incisão pode ser pelo sulco submamário, axila e região areolar, entre outras menos frequentes. A posição da prótese pode ser em cima ou embaixo do músculo peitoral, com resultados igualmente satisfatórios. Deve se lembrar que a cirurgia é apenas uma parte do processo, componentes essenciais para um bom resultado incluem orientação detalhada da paciente, planejamento pré-operatório, técnica cirúrgica refinada e pós-operatório cuidadoso.

Em relação a prótese, existe uma gama de opções: Redonda, Cônica, Gota, com perfis baixo, médio e alto. O formato natural ou "artificial" depende da preferência da paciente, sendo definido pela relação entre a disponibilidade de pele existente e o tamanho escolhido, além do tipo de prótese empregado. O tamanho da prótese é um fator muito importante, principalmente ao consideramos o biotipo de cada paciente.

A recuperação leva em torno de 2 semanas. A dor e o desconforto costumam ser leves e toleráveis, exceto no acesso axilar que costuma ser mais traumático. Geralmente após 1 semana da cirurgia, já é possível voltar a rotina básica. Ainda no pós-operatório, existem cuidados, como não deitar sobre a mama por 1 mês, usar sutiã modelador e evitar movimentos excessivos com os braços por uma semana. Ginástica vai depender do tipo de exercício: Caminhadas a partir de 15 - 20 dias, exercício intenso com o músculo peitoral maior tipo natação/musculação somente após 2 meses. Os cuidados prescritos, podem variar de médico para médico.

A incisão pode ser axilar, periareolar e inframamária, geralmente a cicatriz é discreta, mas depende da pele de cada paciente. Assim, um dos riscos é ter uma cicatrização hipertrófica ou um queloide.

Outras complicações incluem alterações da sensibilidade, e a Contratura Capsular, vulgarmente chamada de "rejeição": Pode ocorrer em qualquer época após a cirurgia. Nestes casos geralmente é necessária uma nova cirurgia com troca da Prótese. A chance deste fenômeno ocorrer era de 40% nas próteses mais antigas (lisas). Atualmente as Próteses texturizadas apresentam um risco de contratura de aproximadamente 2 até 12 % dependendo do estudo analisado. As Próteses revestidas com Poliuretano (modelos Pitanguy-Rebelo e outros) apresentam um risco de 0,9 até 2% dependendo do estudo consultado. É importante que as pacientes se submetam a uma Ressonância Magnética a cada 3 anos, para conjuntamente com o exame clínico, verificarem a situação das próteses. Em caso de ruptura e/ou contratura, a troca está indicada. No entanto, para todas as pacientes que receberam próteses da marca francesa PIP a troca está indicada com ou sem sinais de ruptura/contratura. Outras complicações podem ser as infecções e extrusões (raras), o seroma, assimetrias, ptose precoce da prótese e formação de estrias. Importante observar que se o mamilo está "caído", só a colocação da prótese não é suficiente. Será necessária nesses casos, uma Mastopexia, cirurgia para elevar a mama, sendo então inevitável uma cicatriz em volta da aréola ou mesmo em "pirulito" ou mini "T" nesses casos.

Na cirurgia de colocação de próteses (sem mastopexia) é interessante notar que mínimas assimetrias (até 15%) entre uma mama e outra precisam ser toleradas e ainda que a a cirurgia irá aumentar o que a paciente possui, motivo pelo qual, algumas mamas ficam mais bonitas que outras.

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