Michael Hikaru Mikami
Beatriz Carolina Schuta Bodanese
Algumas combinações de procedimentos para “aproveitar a anestesia” são possíveis, mas devem ser bem estudadas e ter cautela. A ideia do paciente quando procura realizar mais de um procedimento cirúrgico ao mesmo tempo não é errada, mas pode ser perigosa.
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O imediatismo e o custo são fatores chaves na cirurgia plástica atualmente. Na associação cirúrgica existe uma única anestesia e apenas um internamento, diminuindo o custo da cirurgia. Também é convidativo realizar único pré e pós-operatório para varias modificações.
As cirurgias casadas, no entanto, podem trazer inúmeras complicações. Em primeiro lugar, o tempo de cirurgia é maior e há envolvimento de mais de uma área do corpo, o que aumenta o risco de contaminação e infecção do paciente. Devido ao tempo, a quantidade de anestésico é maior, podendo causar problemas.
Em segundo lugar, a abordagem de mais de uma região compromete a circulação de regiões diferentes que podem estar interligadas. A redução do aporte sanguíneo interfere no tempo e qualidade da cicatriz, e ainda na imunidade (voltando a questão do risco de infecções). Outra questão é o aumento do risco de trombose venosa e, consequentemente, risco de trombo embolia pulmonar, visto que o paciente permanece mais tempo parado na mesma posição durante a cirurgia.
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A realização de pequenas cirurgias em tempos diferentes, além de reduzir riscos, traz melhores resultados. Por isso, é importante o profissionalismo do médico e o entendimento dos prós e contras da associação de procedimentos para que o paciente não saia da mesa cirúrgica mais insatisfeito.
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